Aquele ‘calote’
que ficou para a história
Uma análise das contas de campanha do ex-prefeito Alan
Guedes revela o verdadeiro show de descontrole, desleixo e, claro, desapego com
a honestidade e responsabilidade financeira. Se havia alguma dúvida sobre a
seriedade da administração, basta olhar a dívida oficial de R$ 262.469,00 – uma
quantia que ainda está pendente de pagamento. O que significa, basicamente, que
Alan deu um calote, por ora, nos empresários e na sociedade que ele jurava
"defender e bem administrar". Um ótimo exemplo de como governar... ou
não.
Secretários ‘patrocinaram’ campanha
As doações feitas pelos secretários municipais de Alan
Guedes são, no mínimo, curiosas – para não dizer suspeitas. Vamos aos detalhes
dessas "generosidades":
Marcio Antônio do Nascimento (Secretário de Serviços
Urbanos) – R$ 16.800,00 em 05/11
Paulo Cesar Nunes da Silva (Procurador Geral) – R$
15.000,00 em 05/11
Ademar Roque Zanata (Diretor do Imam) – R$ 10.000,00 em
05/11
Rafael Sabino de Oliveira (Secretário de Fazenda) – R$
10.000,00 em 05/11
Lauro Maymone Coelho (Secretário de Planejamento) – R$
7.500,00 em 05/10
Carlos Vinicius da Silva Figueiredo (Secretário de
Educação) – R$ 5.000,00 em 05/11
Luís Arthur Spinola Castilho (Fundação de Esportes) – R$
5.000,00 em 05/10
Vander Soares Matoso (Secretário de Administração) – R$
3.500,00 em 05/10
E o que chama mais atenção? As datas! Curiosamente, todas
as doações aconteceram logo após o pagamento dos salários dos servidores, mais
especificamente 5 dias depois. E não podemos esquecer que 05/10, além de ser
véspera de eleição, foi o dia da operação policial que deteve assessores
próximos do ex-prefeito com dinheiro vivo e uma lista de pessoas, levando à
abertura de inquérito.
Cabo eleitoral e o
‘Caixa 2’
A coluna, sempre atenta, recebeu informações bombásticas,
como mensagens de texto, vídeos, contratos e planilhas, revelando uma nova
faceta da campanha de Alan Guedes: as dívidas com os cabos eleitorais.
Esses “inocentes” trabalhadores, que acreditavam estar
formalmente contratados, foram usados como peças descartáveis em um jogo sujo.
A trama? Bem, os contratos foram assinados pelos trabalhadores, mas a
documentação foi utilizada pela coordenação de campanha de forma fria e
impiedosa. E o mais interessante: nada disso foi declarado nas contas de
campanha. Um clássico exemplo de caixa 2, para variar.
Polícia Federal e
o gatilho da verdade
Ah, a Polícia Federal. Parece que a verdade finalmente
vai aparecer. Não apenas os cabos eleitorais, mas também fornecedores, como os
que forneceram combustível, material de campanha e até candidatos a vereador,
ficaram "no vácuo" – ou seja, enganados e com promessas não
cumpridas. Já estão todos na mira da Polícia Federal, e os documentos que
recebemos são a prova do modus operandi
dessa administração falha.
O fim da história
ou apenas o início de um novo capítulo?
Se alguém ainda acreditava que a administração de Alan
Guedes seria um modelo de transparência e seriedade, agora tem material
suficiente para repensar sua opinião. O que começou como campanha recheada de
promessas virou desfile de falcatruas, calotes e desvios de caráter. Resta
saber qual será o próximo passo dessa história – se é que ela vai terminar tão
cedo.
Senadora Mamãe: o
progresso de quem?
A senadora Tereza Cristina, presidente estadual do
Progressistas – o 11, que por si só já tem aquele ar de grandeza, está com a
imagem queimada em Dourados. E o motivo? A lambança do seu “filhinho” Alan
Guedes, que, com sua gestão desastrosa, deixou rastro de caos que ela agora tem
que assumir. O conto da carochinha que está sendo dito aos milhares de credores
do moço "boa pinta" é que “mamãe”, a super-heroína da política, vai
honrar a bagunça toda como fiadora de seu “filhote” mimado.