O secretário municipal de Serviços Urbanos Romualdo Diniz Salgado Junior (que também ocupa a Secretaria de Planejamento) anunciou ontem, com exclusividade para o Douradosinforma, que a Prefeitura está buscando uma área próxima ao Hospital Universitário (HU), onde já existem dois cemitérios particulares, para construção do que deve ser o primeiro cemitério público vertical da cidade. “Esse modelo de cemitério vertical gera menos impacto ambiental, é de mais fácil conservação e manutenção e é uma tendencia que vem sendo adotada em vários municípios”, assinalou Romualdo. A área buscada deve ter pelo menos a extensão da onde estão situados os cemitérios Santo Antônio de Pádua e Bom Jesus:12 hectares. A aquisição vai se dar por permuta, aquisição ou desapropriação.
O que são?
Os cemitérios verticais são instalados em prédios, normalmente de vários pavimentos, em que o espaço físico é otimizado. Estes novos formatos de cemitérios surgiram em diversas cidades do país pela necessidade de ocupar de forma mais inteligente os espaços urbanos e reduzir os impactos ambientais, sem abrir mão do respeito que todo ser humano merece.
Nestes novos cemitérios, os corpos são sepultados acima do solo, nos chamados lóculos — espécie de túmulo localizado na parede, sempre lacrado. Se a família desejar, o corpo do ente pode ser cremado e guardado num cinerário, espaço destinado a essa finalidade.
“Os cemitérios tradicionais apresentam problemas gravíssimos relacionados ao meio ambiente, especialmente com a emissão de gases e a contaminação do solo e dos lençóis freáticos. Estes problemas são resolvidos com os cemitérios verticais”, destacou Romualdo, acrescentando que o fato de os lóculos serem lacrados e estarem acima do solo impede que qualquer resíduo contamine o meio ambiente. Além disso, todo cemitério vertical precisa garantir a vedação dos lóculos, para impedir que os gases resultantes da decomposição cheguem ao público.
A par do estudo de uma área adequada para a construção de um cemitério vertical, a prefeitura está negociando com o proprietário de uma área que ladeia os cemitérios Santo Antônio de Pádua e Bom Jesus (“O proprietário está bastante receptivo à ideia”, pontuou o secretário) a aquisição da área para ampliação, no atual formato horizontal, dos únicos cemitérios públicos da cidade, que embora tenham duas denominações são “emendados”.Com o esgotamento de capacidade os serviços de sepultamento foram terceirizados pela prefeitura. Outra iniciativa em relação aos cemitérios é a implantação de um sistema de informatização e outras medidas complementares como identificação das “ruas” do local e emplacamento, de forma a facilitar a identificação dos túmulos por parte dos visitantes.
Segundo Romualdo a equipe da Seplan está empenhada para que todas as etapas (aquisição de área, estudos e licenças ambientais e elaboração de Projeto Executivo) preliminares para construção do cemitério vertical sejam finalizadas até o segundo semestre deste ano (2021).Os recursos serão buscados via emendas parlamentares, próprios ou de programas do Governo federal.