A diretora de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Sueme Mori, afirmou que as exportações de arroz do Brasil tendem a crescer nos próximos dois a três anos. A declaração foi feita durante a 35ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas, evento realizado na Estação Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão (RS).
Mori destacou que o arroz brasileiro já tem presença consolidada nos mercados africano e americano, devido ao tipo de produto exportado. No entanto, ressaltou que, apesar da importância do setor, o volume exportado ainda é pequeno em relação ao potencial do país, que é o maior produtor de arroz do mundo ocidental, ficando atrás apenas dos países asiáticos.
“A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) prevê que o consumo global de arroz crescerá menos de 1% nos próximos dez anos. No entanto, o crescimento da demanda na África será três vezes superior a essa média, impulsionado pelo aumento da renda e da população”, explicou Mori.
Ela também destacou a expansão das exportações para o México, que tem reduzido tarifas para importação do arroz brasileiro por meio do programa anual Pacic, criado para conter a inflação do país.
“Isso fez com que nossas exportações para lá aumentassem significativamente. Diferente do Mercosul, onde negociamos em bloco, com o México temos a possibilidade de acordos bilaterais”, disse.
Mori acrescentou que a meta para este ano é garantir a continuidade do acesso ao mercado mexicano sem depender exclusivamente do Pacic, que pode ser revogado a qualquer momento.
35ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas
O evento tem como tema “Produção de Alimentos no Pampa Gaúcho – Uma Visão de Futuro” e é promovido pela Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e conta com a correalização da Embrapa e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), além do patrocínio do Instituto Riograndense do Arroz (Irga).