Policiais da fronteira suspeitam que Carlos Limar tenha sido vítima do novo grupo de extermínio da fronteira, identificado como “Crime” (Imagem: Reprodução)
Foi identificado como Carlos Limar de Souza Lima, 38 anos o corpo encontrado enrolado em um edredom, jogado em uma área militar em Pedro Juan Caballero. Junto ao corpo um cartaz foi deixado com a frase "nós do crime estamos deixando claro que não iremos maios admitir covardias cometidas por esses justiceiros, seja quem for".
A identidade de Carlos Limar foi confirmada pelo papiloscopista da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.
Segundo informações policiais, Carlos foi mais uma vítima dos grupos de extermínio atuantes na linha internacional entre o Paraguai e Mato Grosso do Sul. Ele foi torturado, ele teve a barriga aberta por profundo golpe de faca, teve parte das tripas arrancadas e introduzidas em sua boca e depois foi decapitado.
O médico legista da Polícia Nacional afirmou que não havia marca de tiro e acredita que a morte tenha ocorrido na tarde de ontem, no máximo duas horas antes de o corpo ser encontrado.
A confirmação da cidade de origem de Carlos Limar reforça a suspeita de que ele era integrante da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), e os policiais paraguaios já tinham levantado a hipótese na noite de ontem devido às tatuagens, entre elas uma de palhaço no peito. Segundo o código interno da facção, a tatuagem de palhaço significa matador de policiais.
Policiais da fronteira suspeitam que Carlos Limar tenha sido vítima do novo grupo de extermínio da fronteira, identificado como “Crime”. Esse grupo teria sido criado para exterminar integrantes do autodenominado “Justiceiros da Fronteira”, que elimina suspeitos de envolvimento com assaltos na linha internacional.
Coincidentemente, Carlos Limar foi morto menos de dois dias após os “Justiceiros” deixarem outra vítima, o também brasileiro Rogerio Laurete Buosi, 26. Natural de Rondonópolis (MT), ele executado a tiros de pistola em Pedro Juan Caballero, no sábado à noite.