Assaltante é morto por comparsas em briga pela divisão de R$ 20 mil levados de rancho

O paraguaio Eleno Martinez Cabrera, 50, foi atingido com pelo menos 14 tiros durante briga com seus comparsas de assalto, na noite desta segunda-feira (18) em Ponta Porã. Policiais da fronteira acreditam que a desavença ocorreu no momento da divisão do dinheiro roubado por Eleno e outros dois bandidos de um rancho localizado na MS-164, após o casal de moradores ser feito de refém.

Houve troca de tiros e Eleno foi baleado e deixado no local do confronto. Com ele, os policiais militares encontraram um revólver calibre 357 de alto poder de impacto. Perto do local, foi encontrada uma pistola Beretta calibre 40 dourada.

A polícia não sabe se o confronto envolveu os três assaltantes ou apenas dois deles. “Quem poderia dizer está morto”, disse um policial ao Campo Grande News. As buscas continuam para tentar localizar os outros dois assaltantes e para descobrir se mais bandidos participaram do crime.

O assalto

Conforme o boletim de ocorrência, a PM foi acionada para atender ocorrência de roubo. Quando chegaram no Bairro São Vicente de Paula, os policiais encontraram Eleno caído no chão, próximo ao trilho de trem, com ferimentos de tiro e perdendo muito sangue. Ele chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros, mas morreu em seguida.

Enquanto os policiais estavam no local onde Eleno foi encontrado ferido, uma testemunha informou que seus familiares tinham sido vítimas de roubo no rancho onde moram. Segundo o rapaz, a mulher estava com a filha na sala quando dois homens a dominaram e a usaram como escudo. Os assaltantes foram até o quarto e pediram que outro morador entregasse dinheiro.

O morador pediu que os criminosos pegassem a quantia que estava no guarda-roupa e que deixassem sua família em paz. O valor roubado foi de R$ 20 mil, segundo a ocorrência policial. Os assaltantes colocaram o dinheiro num saco de arroz e amarraram o casal com retalhos de calças jeans. O terceiro envolvido deu apoio aos comparsas.

A Polícia Militar foi acionada, mas quando a equipe chegou, a testemunha já havia socorrido as vítimas do assalto. Elas reconheceram Eleno como um dos assaltantes.

O caso foi registrado como homicídio simples e roubo majorado pelo concurso de pessoa, emprego de arma de fogo e restrição de liberdade da vítima.