Edmilson Alves Fernandes foi preso ontem em Maracaju e levado para Campo Grande
Edmilson Alves Fernandes, ex-servidor da Prefeitura de Maracaju, foi preso neste domingo (26) na segunda fase da Operação “Dark Money”, deflagrada pela Polícia Civil para investigar esquema de desvio de pelo menos R$ 23 milhões dos cofres públicos nos dois últimos anos da gestão do ex-prefeito Maurílio Azambuja (MDB).
Segundo o Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), Edmilson é apontado como peça-chave no desvio através de conta bancária “fantasma”, ocorrido entre novembro de 2019 e o final de 2020.
O mandado de prisão preventiva foi cumprido na área rural do município de Maracaju, em ação conjunta entre policiais do Dracco e da Delegacia de Polícia de Maracaju. Dois veículos que estavam na posse dele foram apreendidos. Edmilson foi encaminhado para o setor de carceragem da Derf, em Campo Grande.
A polícia informou que as investigações prosseguem visando desmantelar toda a organização criminosa e recuperar o patrimônio público desviado.
O ex-prefeito se apresentou sexta-feira e continua preso, assim como outros envolvidos. O Dourados Informa apurou que Edmilson Fernandes foi preso após o depoimento de outra investigada, Iasmin Cristaldo Cardoso.
Na 1ª fase, deflagrada no dia 22 deste mês, sete pessoas foram presas temporariamente e 26 buscas e apreensões foram feitas em Maracaju, Corumbá, Campo Grande e Ponta Porã, resultando na apreensão de eletrônicos, smartphones, computadores, documentos, 10 veículos, um barco com carretinha, joias, discos rígidos e várias cédulas de cheque de valores diversos no total de R$ 252 mil, além de armas de fogo e munições de vários calibres. Contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas foram bloqueadas.
Preventivas
Na mesma decisão em que mandou prender Edmilson Fernandes, o Poder Judiciário (2ª Vara Criminal de Maracaju) converteu três prisões temporárias em preventiva, três em medidas cautelares diversas da prisão (monitoramento por tornozeleira eletrônica).
A prisão de Edmilson segue ainda temporária, com prazo até esta terça-feira (27), mas já com pedido de conversão preventiva formulado pelas autoridades policiais responsáveis pela investigação.