Homem que matou médico a marteladas em SP é preso em Dourados

Autor de latrocínio (roubo seguido de morte) contra um médico no interior de São Paulo, no domingo (19), foi preso por policiais militares na noite desta sexta-feira (24) em Dourados depois de se envolver em acidente e fugir do local sem prestar socorro à vítima.

Geraldo Eufrásio Leite, 45, estava com a caminhonete L200 roubada do médico José Roberto Lopes Ruela. Ele confessou o crime, ocorrido em Uchoa, cidade de 10 mil habitantes localizada na região metropolitana de São José do Rio Preto (SP). O médico, de 68 anos de idade, havia dado emprego ao criminoso em sua chácara, onde passava férias.

Paraibano residente em Tavares (PB), Geraldo já tinha trabalhado em Dourados e veio para a cidade com a intenção de vender a caminhonete roubada. Por volta de 17h30 desta sexta, na Avenida Marcelino Pires, ele atropelou uma motociclista de 28 anos de idade. Geraldo fugiu do local sem prestar socorro à vítima, que sofreu ferimentos e foi levada para o Hospital da Vida pelo Corpo de Bombeiros.

Informada sobre o caso, a PM abordou a caminhonete na Avenida Presidente Vargas, na Praça Antônio João. Quando checaram os dados, os policiais descobriram que o veículo era roubado.

Geraldo Eufrásio Leite confessou que tinha matado o médico a marteladas e roubado a caminhonete dele, além de ter transferido R$ 5 mil da vítima para sua conta. Parte do dinheiro foi usada para comprar um celular. O latrocida disse que saiu quarta-feira de Uchoa com destino a Dourados, para vender a L200 branca, ano 2017.

Em entrevista ao repórter Adilson Domingos “Lente Nervosa”, Geraldo contou que há cerca de duas semanas andava a pé numa estrada de São José do Rio Preto quando o médico, na caminhonete, teria parado e perguntado para onde ele estava indo. “Aí ele falou que tinha um serviço pra mim e perguntou se eu não queria ganhar um dinheiro por uns dias e depois podia ir embora. Aí eu aceitei e fiquei duas semanas lá, fazendo limpeza”.

O criminoso disse que no sábado (18) acompanhou o médico até um supermercado, viu quando a vítima digitou a senha e memorizou o código. Depois, ele disse que foi até um bar da cidade, tomou umas doses de bebida alcoólica e voltou para a chácara do médico.

Geraldo alega que ao chegar na casa, o médico teria passado a mão em seu órgão genital e por isso o agrediu com um soco. “Aí ele caiu, eu achei que ele tava morrendo e pensei: vou acabar de matar”, disse ele, confessando que desferiu pelo menos três golpes de martelo na cabeça do médico. O corpo foi encontrado ontem (23) pelo sobrinho, após o tio desaperecer desde domingo.

O bajdido contou que após o crime, pegou a caminhonete e deixou a casa. Depois, aproveitando a senha que tinha memorizado, transferiu R$ 5 mil do cartão de crédito do médico para sua conta e sacou R$ 4 mil. Ele disse que recebeu ajuda de um rapaz para transferir o dinheiro do cartão para sua conta. O valor foi usado para comprar o celular e abastecer a caminhonete. Geraldo está preso na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário). O corpo de José Ruela foi enterrado hoje em Uchoa.