Diogo Castilho foi preso no sábado à noite, autuado em flagrante por violência doméstica e levado para a PED
A juíza plantonista Rosângela Alves de Lima Fávero negou liberdade ao vereador Diogo Castilho (DEM), que está preso desde a noite de sábado (4) em Dourados por violência doméstica. Depois de passar o dia ingerindo bebida alcoólica, ele brigou com a noiva, durante a discussão tentou esganá-la e ainda a ameaçou de morte.
Autuado em flagrante pelo delegado Francis Flávio Tadano Araújo Freire, ele teve a prisão preventiva decretada ontem e em seguida levado para a PED (Penitenciária Estadual de Dourados).
Ainda neste domingo, os advogados Leda Roberta Grünwald e Renan Souza Pompeu pediram a liberdade provisória alegando que Diogo Castilho, que é médico, tem trabalho lícito, residência fixa, é primário, tem bons antecedentes e que tem filho menor como seu dependente.
O Ministério Público foi contra a liberdade. “Se é de intenção do requerente [Diogo] não ser inserido no sistema carcerário que, conforme exposto em seu pedido, é de seu pleno conhecimento a situação precária em que hoje se encontra, bastava ter comportamento de respeito à sua companheira, nela reconhecendo a pessoa de iguais direitos aos dos homens”, afirmou o representante do MP.
Ao negar a liberdade, a juíza afirmou que que o exercício unilateral da guarda do filho, “uma vez declarado que é consensual sem processo judicial, não afasta a possibilidade da genitora, avós ou outros familiares dispensarem os cuidados necessários ao filho”.
Ela também citou o fato de Diogo Castilho ter ameaçado a noiva de morte. “Há sério risco para a instrução criminal, posto ter sido informado pela vítima ter o investigado utilizado de ameaça como forma de calá-la, quando da chegada da guarnição policial ao local dos fatos, quando ele disse para ela falar para os policiais que estava tudo bem e que tinha ocorrido apenas uma discussão de casal”.
Rosângela Fávero continua: “esta situação evidencia, sem sombra de dúvidas, o risco que a vítima estará vivenciando, se em liberdade for posto o requerente, como também o sério perigo para as investigações que estão em curso, já que demonstrado, também de forma concreta, não medir ele esforços para tentar silenciá-la, situação a justificar a medida extrema ora reafirmada”.
A prisão
O caso ocorreu na noite de sábado, na casa de Diogo, no Parque Alvorada. Conforme a ocorrência policial, Diogo Castilho, que está no primeiro mandato, tentou sufocar a mulher.
Ainda segundo o boletim de ocorrência da Polícia Militar, quando a equipe de Força Tática chegou na casa, por volta de 22h30, os policiais foram recebidos pelo filho de Diogo Silveira Castilho, que relatou sobre a briga.
Diogo disse aos policiais que a noiva tinha partido para cima dele durante discussão após os dois passarem o dia bebendo na casa de amigos. Em conversa reservada com os PMs, a mulher relatou que durante discussão, Diogo a segurou pelo braço e tentou sufocá-la.
Os dois foram levados para a delegacia, onde a vítima narrou os fatos ao delegado plantonista, caracterizando violência doméstica. Ela manifestou interesse pela representação criminal e requereu medidas protetivas de urgência.
A mulher contou que durante a discussão, o vereador a pegou pelos braços, a jogou na cama e tentou esganá-la com as mãos. Ainda pegou um travesseiro e tentou sufocar a vítima.
Agredida física e moralmente, a mulher disse que iria denunciar o médico. “Se você me denunciar eu te mato”. Você vai acabar com minha carreira política se fizer isso. Eu mato você e toda a sua família”, afirmou Diogo Castilho.
Diogo Silveira Castilho tem 36 anos e está no primeiro mandato de vereador. A noiva tem 24 anos.