O empresário José Carlos Rozin, sócio de uma empresa de terraplanagem e de uma engenharia em Dourados, foi a pessoa presa nesta sexta-feira (20) na segunda fase da Operação Unlock, deflagrada pela Polícia Federal.
Ele teve a prisão preventiva decretada pela Justiça Federal acusado de organizar e financiar o bloqueio do Trevo da Bandeira com pneus em chamas, no dia 18 de novembro do ano passado, em protesto contra a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Rozin passa por audiência de custódia nesta tarde na sede da Justiça Federal.
O empresário foi preso após a investigação da PF mostrar que ele financiou o protesto. Pneus foram levados por homens encapuzados em uma carreta até o Trevo da Bandeira, colocados em forma de barricada na pista e incendiados. O incêndio destruiu um Fiat Uno que passava pelo local.
Horas antes do bloqueio, José Carlos Rozin fez postagem em grupo de bolsonaristas no WhatsApp informando que já estava no Trevo da Bandeira esperando outros manifestantes, naquele momento acampados em frente ao quartel do Exército.
No dia 20 de novembro, na primeira fase da operação, o empresário foi alvo de buscas da PFD. Naquele dia, o caminhoneiro André França da Silva, 39, foi preso depois de fugir para o distrito de Itahum. André era proprietário da carreta bitrem usada para levar os pneus para o bloqueio.
Em maio do ano passado, José Carlos Rozin foi um dos condenados no processo que apurou desvio de R$ 34,7 milhões (valores atualizados) na agência do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte) em Dourados de 2002 a 2006. Ele pegou pena de seis anos, quatro meses e 24 dias, mas permanecia em liberdade.