Por unanimidade, a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul negou, em julgamento realizado nesta terça-feira (8), habeas corpus e manteve a prisão preventiva do ex-vereador de Campo Grande, Claudinho Serra. Alvo da 4ª fase da Operação Tromper, ele está na cadeia desde o dia 5 do mês passado.
O relator, desembargador José Ale Ahmad Netto, e os integrantes da turma, o juiz Alexandre Corrêa Leite e o desembargador Jairo Roberto de Quadros negaram o pedido de revogação da prisão.
Ex-secretário municipal de Fazenda de Sidrolândia e genro da ex-prefeita Vanda Camilo (PP), ele foi acusado de manter o esquema criminoso apesar da deflagração de três fases da Operação Tromper e de ainda ser monitorado por tornozeleira eletrônica.
Claudinho chegou a ser preso no dia 3 de abril do ano passado e obteve habeas corpus concedido pelo desembargador José Ale Ahmad Netto. Solto, ele chegou a reclamar de feridas nas pernas causadas pela tornozeleira eletrônica.
O MPE apontou que Vanda rescindiu os contratos de todas as empresas investigadas, menos das empreiteiras de Cleiton Nonanto Corrêa e Edmilson Rosa, que somavam R$ 17 milhões. A investigação apontou que Claudinho recebia propina equivalente a 3% do valor pago pela Prefeitura de Sidrolândia.
O dinheiro era repassado para assessores e para o pai, Cláudio Jordão de Almeida Serra, e despesas da esposa, a médica Mariana Camilo de Almeida Serra. No mês passado, o juiz Bruce Henrique Bueno dos Santos Silva, da Vara Criminal de Sidrolândia, aceitou a denúncia contra o ex-vereador por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Outras 13 pessoas, inclusive a esposa e o pai, também viraram réus.