Deputado Zé Teixeira sai em defesa do agronegócio e da política econômica de Paulo Guedes (Imagem: Assessoria)
Durante sessão plenária, Teixeira contrapôs o deputado Pedro Kemp que mostrou desconhecimento sobre atuação do setor produtivo rural brasileiro afirmando que somente o agronegócio estaria se dando bem no Governo Jair Bolsonaro, em razão da alta cotação do dólar. O primeiro-secretário ponderou que os insumos para produzir também são cotados pela moeda americana.
Principal representante do setor produtivo na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Zé Teixeira saiu em defesa do homem e da mulher do campo na sessão realizada nesta semana e contrapôs o colega deputado Pedro Kemp (PT). O petista usou da palavra durante a explicação pessoal na ALEMS para criticar os produtores rurais e, com isso, atingir o presidente Jair Bolsonaro. No discurso, ele disse que o agronegócio era o único setor que estava se dando bem com a política econômica do governo federal em razão da alta cotação do dólar e que os produtores rurais lucram demasiadamente quando exportam em dólar o que é produzido no Brasil.
O deputado Zé Teixeira (DEM) apontou os equívocos da fala do colega parlamentar ainda durante a sessão. “O nobre deputado, que respeito muito, demonstra total desconhecimento do agronegócio ao insinuar que o produtor apenas exporta em dólar, quando, na verdade, toda cadeia produtiva está dolarizada hoje”, explicou Zé Teixeira. “O insumo que o campo usa para produzir também tem seu preço definido pela cotação da moeda norte-americana, de forma que a produção tem um elevado custo para o homem do campo”, completou.
Zé Teixeira pontuou, ainda, que o produtor não enfrenta apenas a dolarização do insumo, mas as sazonalidades do mercado, as intempéries do tempo como estiagem prolongada e geadas como as que atingiram o Mato Grosso do Sul neste ano. “Não se deve criticar um setor que há décadas carrega este país nas costas, gerando superávit da balança comercial, proporcionando dezenas de milhões de empregos diretos e indiretos, garantindo renda para os trabalhadores e fomentando toda economia nacional, mesmo diante das dificuldades que foram impostas pelos governos do partido que ele representa”.
Durante seu discurso, Zé Teixeira também citou as manifestações do último dia 7 de setembro. O deputado lembrou que as pessoas foram às ruas para cobrar respeito à Constituição Federal de 1988. “Foi uma manifestação pacífica, onde o verde e o amarelo brilharam em todo o Brasil, sem nenhum ataque a prédio público ou propriedade particular, mas sim uma grande festa cívica”, ressaltou. “Ao mesmo tempo, não concordo com a fala do presidente em relação a não seguir ordem judicial emanada por um ministro do STF, mesmo porque decisão judicial tem que ser cumprida e se ela for equivocada, que se recorra”.
O parlamentar afirmou que em momento algum o setor produtivo defendeu que o presidente da República não cumpra a Constituição Federal, pelo contrário. “O agronegócio espera que o chefe da Nação cumpra a Constituição e as ordens judiciais. Eu não aprovo a fala do presidente em relação ao STF, mas também não aprovo a forma com que o Supremo Tribunal Federal tem feito seu julgamento”, ressaltou. “Tem mais de 15 dias que os ministros estão lá julgando o marco temporal para demarcação de terras indígenas, uma questão que já está definida no Artigo 231 da Constituição Federal que foi promulgada em 1988 e que já deu aos índios 12,5% do território nacional”, concluiu.
Zé Teixeira também saiu em defesa do ministro da Fazenda, Paulo Guedes, que vem sendo duramente criticado pela oposição. “Pegue os números e veja em que condições o Paulo Guedes pegou a Petrobras e como a estatal está hoje. Eu gostaria de ver como foi entregue o Banco do Brasil e onde o Banco do Brasil se encontra hoje. Eu gostaria de saber como o atual governo pegou a Caixa Econômica Federal e como o banco de fomentos está hoje. Eu quero perguntar ao deputado se há negociações espúrias como houve no passado dentro do BNDES?”, pontuou o deputado.
Por fim, Zé Teixeira reconheceu que o preço da cesta básica de alimentos está alto, mas afirmou que os valores são definidos pelo mercado e não pelo presidente da República. “O deputado achou um absurdo o quilo da carne a R$ 50, mas não falou que esse valor é regulado pelo mercado e que se a China é hoje a maior compradora de carne do Brasil é porque nós temos a carne mais barata do mundo”, afirmou. “O preço do gás de cozinha custa, em média, 9% do salário mínimo e se você pegar a média histórica verá que sempre houve essa relação, com exceção de 2015 quando ficou em torno de 6% por causa dos subsídios federais”, finalizou Zé Teixeira.